sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PRECISO MATAR





















P´ra criar bem preciso de matar.
Necessito tornar-me um assassino…
Para que a poesia seja o ar
Que condensa os pulmões do meu destino!

P´ra criar mais, preciso torturar.
Pegar num bisturi e cortar com raiva…
Para pôr minha mente a flutuar
E ressuscitar as almas do Paiva!

E que esta sede de morte infinita
Nunca seja punida pela gente.
Esta escrita a justiça vos dita!

Matarei então o horror indiferente,
Vou torturar a guerra nesta cripta
P´ra que possa viver com feliz (mente)!

António Botelho

5 comentários:

  1. António, fiquei fascinada pela sua poesia!

    Continue a escrever!
    Irei vigiando a sua escrita!...

    Abraço

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  2. Para algo novo ser criado o velho tem de ser destruído. É um princípio da natureza e do seu equilíbrio dinâmico. Pelas tuas palavras vejo que com a poesia não é diferentes. Mas a poesia é por si só uma natureza singular e singela, apartada de todas as outras. (Deste-me uma ideia para escrever umas coisinhas).

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  3. Muitíssimo obrigado às duas pelos comentários!
    Wiscat, eu não digo que todo o velho tenha de ser destruído, mas que há conceitos que por vezes nós temos vontade de "matar" e "torturar", isso temos! E precisamos de fazê-lo para podermos escrever pelo menos uma vez sem raiva e sem tristeza, elucidando as coisas boas da vida!
    Cumprimentos poéticos às duas,

    António Botelho

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  4. Por vezes precisamos matar, excluir, para que outros elementos possam florescer...

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  5. Por vezes precisamos matar, excluir, para que outros elementos possam florescer...

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