quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ARCO DA VIDA





















Arco da vida, porque não te moves?
Somente existes, já não rodopias
A preguiça da prática promoves,
Queres a morte nessas regalias!

Arco da vida, não tens calhas certas
Para andar nas calçadas centenárias,
E ficas empenado nas cobertas
Manhãs de nevoeiro adversárias!

Arco da vida, tenho de lançar-te!
Fazer-te rodar e por tudo amar-te
Mais do que qualquer vida que eu conheça!

Arco da vida, faz-te sobre mim!
Percorre sem atrito, sem mais fim
E faz com que o sentir rejuvenesça!

António Botelho

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