domingo, 3 de outubro de 2010

O REGRESSO DA INSÓNIA









Enraiveço-me tanto nesta insónia,
Torno-me um rastejante sem dormir…
Quero atirar meu corpo aos da parvónia
Traiçoeira vivência a partir!

As tensões musculares são nefastas…
O sono dorme sobre a consciência!
Ó passado que já demais me arrastas
Para o abismo da maior demência!

As pestanas nos meus olhos se arrastam,
Seduzem a soneca pelo dia,
Tantas lágrimas que em mim se desgastam…

Só a depressão mansinha a mim se alia,
As poucas forças que restam se matam,
A única solução é a poesia.

António Botelho

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