terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ABANDONADO POR TER RESPEITADO













Abandonado por ter respeitado…
Fui lançado, como isca, aos cães de rua.
E eu, sem que a poesia fosse tua,
Vi, de lágrimas, meu rosto cortado.

O meu viver, no chão, vi entornado,
Do néctar que de ti tinha criado,
Estilhaços de sangue, vida crua,
E a alma deste poeta quase nua!

E o teu corpo à luz de velas morreu,
O sussurrar da tua voz viveu
Mas, só desejo as cinzas do amor triste…

E as crises vão e voltam como as chuvas
Que fazem nascer as melhores uvas
P´ra refazer melhor vinho de chiste.

António Botelho

2 comentários:

  1. Boas Roberto
    Parabéns por este poema!
    tá excelente!
    abraçao
    Rikardo Araujo

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  2. Concordo...as crises vão e voltam como as chuvas...

    Quem sabe ultrapassar uma crise...amadurece...aprende algo!

    Abraço

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