Abandonado por ter respeitado…
Fui lançado, como isca, aos cães de rua.
E eu, sem que a poesia fosse tua,
Vi, de lágrimas, meu rosto cortado.
O meu viver, no chão, vi entornado,
Do néctar que de ti tinha criado,
Estilhaços de sangue, vida crua,
E a alma deste poeta quase nua!
E o teu corpo à luz de velas morreu,
O sussurrar da tua voz viveu
Mas, só desejo as cinzas do amor triste…
E as crises vão e voltam como as chuvas
Que fazem nascer as melhores uvas
P´ra refazer melhor vinho de chiste.
António Botelho
Boas Roberto
ResponderEliminarParabéns por este poema!
tá excelente!
abraçao
Rikardo Araujo
Concordo...as crises vão e voltam como as chuvas...
ResponderEliminarQuem sabe ultrapassar uma crise...amadurece...aprende algo!
Abraço