quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

NUNCA HAVERÁS DE VOLTAR



Afundo a consciência p´ra não ver…
Apenas duas vezes tu paraste
De me beijar, mas nunca tu pensaste
Que seriam as últimas p´ra crer…

E agora que me queres receber
Novamente em teus braços, sem saber
Ao certo o que de mim imaginaste
Quando em grande sofrer tu me ignoraste!

Por algum tempo, as pétalas caídas,
Permaneceram, não foram varridas,
Mas, as pétalas, hoje, já voaram!

Teus olhos não dão lágrimas aos meus,
Nem os sonetos podem já ser teus…,
Ou as lágrimas que a chama apagaram…

António Botelho

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