segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O SONETO HERÓICO DOS SONETOS

A poesia é minha comunhão,
O rumo quando estou sem algum rumo!
Fome da consciência sem vão,
Religião do meu pensar a prumo!

Na poesia me regalo assim…
Mato o esquecimento como lei;
Sinto-me tão sensível, um cetim;
E depeno as palavras que não sei!

Condenso-me num só curto poema,
Manejar a caneta é o meu lema,
Conjunção de palavras tão fulcrais!

E poetizo o meu redor tão vasto,
Glorifico com pundonor um pasto…
Consumo poesia do meu cais!

(in sonetos)
António Botelho

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