terça-feira, 3 de agosto de 2010

DESPI A FOME DAS CRIANÇAS

Despi a fome deste mundo vasto,
Entreguei-a ao inferno com terror!
E vesti as crianças sem ter gasto
Falsa vontade, pois senti essa dor!

Espantei essas moscas que defecam
E que deixam doenças em seus corpos!
Sem comida onde os poços sempre secam,
Estas crianças têm andares tortos

Pelo vácuo que abunda na barriga
Inchada de uma fome que os obriga
A servir de alimento à morte lenta!

Só a podridão abunda neste meio
Provido de riqueza sem medeio!
Essa fome que não basta e rebenta!

In Sonetos
António Botelho

4 comentários:

  1. Nao n fui eu, tava o nome ada autora em baixo -.-'

    Lamento desiludi-lo papá... qm tem jeito p isso e vce :p

    Beijinho*

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  2. Opá, e eu a pensar que tinhas sido tu pá.
    Mas prontos...
    Olha, está bom na mesma.
    Nhá

    Beijãoe

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