quarta-feira, 28 de julho de 2010

AMOR CELESTE

Na intensidade imensa olho-te bela.
Sorris para mim sem que toque ainda
Tua pele macia, tal flanela…
Nosso beijo ao amor celeste brinda!

E neste pensamento assim deslizo
Como a neblina que paira nas rosas,
Tanto as derruba como lhes dá guizo,
Polinizador que fecunda prosas!

Nos elementos desta natureza
Encontro-te estendida, com certeza
De que não haverá nada mais divino!

Pois tua face é a visão e o teu 
Corpo é meu tacto. Pois assim o céu
Será contigo o meu altivo destino!

António Botelho

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