Elevem felicidade ao quadrado
E partamos corações de amor.
Imaginem-se a vocês céu estrelado,
Todas as estrelas de um só tenor.
Queimem ódios com toda a ternura,
Que mais nada haja do que essa bondade.
O mais baixo será máxima altura,
O terror tornar-se-á divindade!
Nossos pensamentos que serão só asas,
Nossos braços serão um mero mendigo,
E ao sentirmos mais frio, gelo em brasas.
Pois pelo retrocesso eu não prossigo,
É só a juventude com quem tu casa,
Nada mais terás do que o ser antigo.
António Botelho
In Sonetos
não sabia que tinha um poeta tão próximo de mim, na mesma sala de aula, no mesmo ambiente...
ResponderEliminarSensível a sua arte e tocantes as palavras...
Gostei imenso!
Flávia Portezan