quarta-feira, 22 de julho de 2009

Aurora junto à Sé Velha - Parte II













Somente os leves voam e cantam
Na atmosfera e nos telhados se implantam,
Encantam a manhã com alaridos,
São como morfina para os meus ouvidos.

O ar fresco que é injectado nos pulmões
Proporciona ao corpo vários corações
E, o Mondego que ao fundo corre,
Em horas de infelicidade me socorre

Pelo seu brilho reluzente da estrela,
Ampara a força e faz rejuvenescê-la.
A primeira passou, novo verão chegou
Para reforçar o tempo que passou.

Desde então, da anterior paixão
Amorosa e natural do meu coração.
Mas o Sol está ausente, nuvens à sua frente,
Mas nem por isso desmotivo, sou paciente

Consciente e influente da moralidade
Que deve ser usada para esta sociedade.
Sou então o Pensador na Noite, oculto,
Está a amanhecer, preparo-me para o tumulto.

Apenas analiso a sociedade da minha janela,
Sou demasiado compreensivo para estar nela,
Permaneço então distante, no meu morro,
Se alguém se aproxima, de imediato corro.

Para que o contágio mútuo não ocorra,
Somente sozinho vivo nesta masmorra
Que é apelidada oficialmente de infelicidade,
Na qual poucos sobrevivem com dificuldade.

E já deixo de ouvir as badaladas,
Os pássaros com as suas cantorias apuradas,
Só o ruído é fluente, o da confusão,
Que é proveniente desta pseudo civilização.

Autor: António Botelho

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