sábado, 17 de outubro de 2015

O ALMOCREVE

O ALMOCREVE (Foto Bruno Andrade)


Desse raio sonoro nasceu vida
Incandescente nas asas de neve
Frágeis como a memória tão perdida
Dos tempos em que ser um almocreve

Era esse gesto andante de aguerrida
Ligando o mundo que agora é tão breve
A internet de tempos sem guarida
A honra e a palavra agora só se escreve

Os animais trilhavam com as gentes
Carteando odes dos seus mestres santos
Sob chuva e granizo tão estridentes

Com candeias p´las noites frios mantos
O tilintar das cargas bater dentes
Assim morriam nas vias de prantos

dornelas - 17 de outubro de 2015

António Botelho



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