Agora mortos, só despedaçados.
Luzes ambíguas sem ti, sem contornos,
Sem a infância que fomos – destroçados.
As minhas mãos geladas entre fornos
Acesos p´lo amor que outrora cruzados…
Relembro entre o calor destes adornos
Onde nos elevámos - nos criámos!
Mato o futuro pra viver presente,
O choro mata a sede diariamente
E a mágoa não se alaga - venenosa!
Choque entre brindes cheios de tristeza,
Sombras tísicas de mental pobreza.
A podridão do amor feliz - viscosa!
Dornelas - terça-feira, 24 de junho de 2014
António Botelho
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