sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A PROCURA

Meus incessantes passos, turbulência!
Um agreste inventário que sinto...
Um propósito de tanta latência,
Fadiga, espalhafato em que não minto...

Prestação, sentimento de eminência,
Destroços de incertezas que pressinto,
A perfeição, suposta sapiência,
E perante ela estou somente extinto!

Endereço mental desconhecido,
Orientações de um só ser perdido,
Perplexo no real, sou consumido...


Sussurro razão à minha mente pálida,
Só a criatividade é ainda cálida, 
Questão existencial num ser perdido!


Coimbra-14:34m-Sexta-feira, 05 de Novembro de 2010
António Botelho

3 comentários:

  1. Olá Antonio, não tenho a tua formação, mas tenho o mesmo gosto pela poesia, estou quase publicando o meu primeiro livro. Devo dizer que te encontrei no Facebook, ainda bem pois adorei a tua alma de poeta ...parabéns!

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  2. Se encontrar em tamanha procura, é se perder nas entranhas do seu ser...Porém, nesse percurso indistinto acabamos por descobrir novos sentimentos, sonhos, esperanças...
    Texto lindo!!!

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  3. Obrigado Cecília e Anne!
    No entanto, caríssima Anne, aqui a formação não é tudo. Uma série de certificados académicos nem sempre é suficiente para comprovar verdadeiramente os nossos conhecimentos! Portanto, não pense assim, e fico à espera que me convide para a apresentação do seu livro!
    Cumprimentos poéticos às duas!

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