quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Na profundidade dos campos cultivados pela poesia,
Onde trabalho com ferramentas de alegria.
Frente ao oposto, a luta não é fisicamente agressiva,
Mas sim uma luta verbal na mistosidade afectiva.
Entre os poetas deste mundo, habitado somente por alguns,
O mundo proibido é penetrado somente por jejuns.
No respirar mais puro, na visão mais apurada,
Pedras de cristal onde nasce o meu bilhete de entrada.
Para o paraíso com praias nos horizontes,
A alegria perdura entre verdes montes.
Os assuntos são distintos pela perseverança,
Temendo a mais poderosa alta andança.
A profundidade do céu é imensamente incalculável,
As badaladas das horas são um som incomensurável.
Na qualidade mais destacável,
Junta-se o perfeito ao agradável,
Deslocando o estabelecido numa crença por inteiro louvável.
O bater dos dedos em ouro é paciente,
Mas a inspiração é bebida sempre no presente.
Olha-se em toda a volta, analisa-se a perfeição,
Os sentidos que estão expressos è vista desarmada, o coração.
São apontes as ideias de bom senso no relento,
E as de mau senso ficam na lei do esquecimento.
O cérebro é quente quando está frio,
O cérebro é frio quando está quente.
Tudo em nome do nome que é imperfeito,
Na ciência remota, qual é o nome perfeito eleito?.
Não é nenhum, não existe essa ideia na verdade,
Apenas a parceria de uma maior mistosidade.
De sentimentos bebíveis em fontes de água escassa,
Para aqueles que praticam o mal a quem roubam a taça.
Da honestidade que tentam roubar de maneira fácil,
Apenas há uma maneira de traição volátil.

19 de Agosto de 2005
António Botelho

2 comentários:

  1. Gostei sobretudo disto:
    "O cérebro é quente quando está frio,
    O cérebro é frio quando está quente."

    Cumprimentos

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  2. Caríssima Ana,
    Muito obrigado pelo seu bom gosto!
    ;)
    Espero que volte!
    Cumprimentos poéticos,

    António Botelho

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