quarta-feira, 21 de julho de 2010

(Sem título)

Só me resta enrolar-me num lençol,
Na solidão aberta à noite escura!
Sabor pesado como o de mentol,
Sofrimento que me quebra sem cura!

Desejo este incessante sem um fim!
Pétalas que caindo se desfazem
O eu que se desfigura deste mim,
Do paraíso os teus beijos se jazem!

Torno-me peregrino do teu ser,
Da beleza do teu bem parecer,
Para que as divas possam ser mais belas!

Pois sou teu apaixonadodependente,
E perante ti deixo de ser gente
Só p'ra te pintar nas mais belas telas!

António Botelho

4 comentários:

  1. "E perante ti deixo de ser gente
    Só p'ra te pintar nas mais belas telas!"

    lindo

    beijo da ci

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. finalmente um blog com poesia que irei ler e reler. poesia como "deve ser", com melodia e rima! gostei muito dos poemas que aqui li. fortes, sentidos, eruditos na escrita, melodicos... irei seguir.

    caso possas dá um salto no meu, pois tambem sou adepto de poemas à "maneira antiga" ;)
    http://orgaos-em-falha.blogspot.com/

    parabéns sinceros!

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  4. obrigado p'las palavras!
    sim, escritas diferentes, mas aquilo que adorei ler na tua foi a forma como escreves e a melodia que colocas nas tuas poesias. porque escrever "frases soltas" é facil e apesar de haverem grandes excepções à regra, por norma nao me apraz minimamente...
    gostei muito das tuas temáticas tambem!
    força nas palavras! hehe

    até a proxima leitura!

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