sábado, 29 de maio de 2010

Condensá-los-ia só para ti

Sorvo todas as ambições do mundo,
Retiro todos os dons espalhados,
Mergulho no horizonte mais profundo
P´ra ver teus desejos realizados.

Unificaria os prazeres fortes
E condensá-los-ia só para ti.
Transcenderia todas essas mortes,
Pois para ti, minha boca sempre ri.

Roubaria o paraíso só p´ra nós,
Onde nos partilharíamos a sós,
Num dualismo de corpos perfeitos.

Pois o céu não chega para cobrir
Teu Eu que não pára de me seduzir…
Pontos negativos em ti, são estreitos...

António Botelho
(in Sonetos)

1 comentário:

  1. como a alma de um poeta e tao pequena
    ela e capaz de voar e observar de todos os angulos a verdade do nosso mundo...=)

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