terça-feira, 5 de janeiro de 2010

NATUREZA TRISTE

















A chuva que dá pancadas nas telhas,
Pontos luminosos são cinderela.
A negridão pura sem sobrancelhas,
Escarro meus olhos numa janela.

Nestas pupilas está reflectido
Um vulto no líquido destilado.
Plantado neste espaço protegido,
Rasgam-se outros de inveja no seu estado.

E a pressão invariável causa danos
No exterior, remove alguns ciganos,
Caucasianos e angolanos. Lar

Que assim deixa de estar então ao seu alcance,
A tristeza da natureza: chance
Para que possamos então mudar?


António Botelho

In Sonetos

5 comentários:

  1. poemas lindos que há aqui :) adorei o 'ainda desconhecido'.

    beijinho, vou voltar :) *

    ResponderEliminar
  2. esta simplesmente lindo....
    nao existem palavras para descrever...
    apenas ler os teus lindos poemas....

    gosto

    bjs

    Cindy Rodrigues.....

    ResponderEliminar
  3. Profundo....e sentido....
    Obrigada por seres meu seguidor...
    Kiss Kiss

    ResponderEliminar