sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Na minha boa casa

Cristalizo o soneto da alma
Ao qual sou submetido
Com a mais pura e bela calma
Sinto-me desmedido.

Não sendo o soneto o soneto.
Não sendo o que aparenta.
Somente o silêncio obsoleto
E a delicadeza que contenta.

Sinto em redor cada presença,
Cada objecto é tudo.
Lembro palavras de sapiência
Que são o meu actual escudo.

Predisposto para com as lembranças
Que são parte de mim,
Dividido pelas andanças,
Junto a meus entes, nirvana assim.

Quinta-feira, 05 de Novembro de 2009
António Botelho

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